Reprodução: BBC
Já te adianto: não é uma escolha sua. É clichê, mas a verdade é que é a equipe que te escolhe, e não o contrário. É natural. É um carro que te chama atenção, é o primeiro pódio que você assiste…
Cada um tem uma história. Esse capítulo é um norte pra você começar a escrever a sua.

Scuderia Ferrari
Ideal para: quem gosta de tradição
Não tem discussão. Desde manter o idioma materno vivo dentro da garagem até participar de todas as temporadas da história da Fórmula 1, a Ferrari é pautada nela: a tradição.
Mostrando que panela velha é que faz comida boa, ela ainda tem muito gás pra dar: foi a vice-campeã dos construtores de 2024. Chefiada pelo francês Frédéric Vasseur, chega em 2025 guiada por Lewis Hamilton e Charles Leclerc.
A Scuderia montada por Enzo Ferrari é a mais vitoriosa entre as equipes, somando 15 campeonatos de pilotos e 16 de construtores. Sua história conta com nomes como Juan Manuel Fangio, Michael Schumacher e Niki Lauda.
Hoje com sede em Maranello, é uma das únicas três equipes que carregam o nome de seu fundador original e uma legião apaixonada de fãs.

McLaren Formula One
Ideal para: quem tem coração forte
A equipe de Woking, Inglaterra, é a grande montanha russa da Fórmula 1. Com a McLaren, é oito ou oitenta: ou ela bate cartão no pódio, ou faz morada no fundo do grid.
Agora, por exemplo. Depois de vinte e oito anos sem um título, ela foi das últimas posições do campeonato no início de 2023 a ser declarada a grande campeã dos construtores do ano seguinte. Andrea Stella é o chefe atual do time, e seus pilotos são Lando Norris e Oscar Piastri – a dupla mais jovem da história a conquistar um campeonato.
Assim como a Ferrari, a McLaren mantem o nome de seu fundador, Bruce McLaren. Traz consigo 12 campeonatos de pilotos e 9 de construtores.
Além disso, tem um lugarzinho especial no coração do brasileiro: foi quem nos levou a todos os três títulos de Ayrton Senna e ao segundo de Emerson Fittipaldi.

Williams Grand Prix
Ideal para: quem não desiste nunca
“Persistência” e Williams são quase sinônimos. Sediada em Grove, a britânica tem 9 títulos de construtores e 7 de pilotos (com Nelson Piquet colocando a bandeirinha do Brasil entre eles, tá?), mas não ganha uma corrida desde 2012.
Ainda assim, ela segue firme. Aos trancos e barrancos, já passou por vários patrocinadores master, por um ou outro piloto pagante e várias temporadas no fundão do grid – mas agora, a passinhos de tartaruga, parece estar se recompondo. É chefiada por James Vowles e guiada pelos pilotos (não pagantes!) Alex Albon e Carlos Sainz Jr.
Foi (porque hoje, infelizmente, já não pertence mais aos Williams) a última equipe “garagista” da Fórmula 1 – ou seja, aquela criada no molde mais tradicional do automobilismo: dentro de uma oficina mecânica. Seu fundador, Frank Williams, faleceu em 2021 – mas o luto não foi o bastante para tirar a vontade da equipe (e dos fãs) de voltar aos seus dias de glória.

Mercedes-AMG
Ideal para: quem não abaixa a cabeça
A história de Mercedes na Fórmula 1 é turbulenta: esteve nas primeiras temporadas e se retirou da categoria depois de um trágico acidente em 1955.
Mas ela voltou em 2010 – e, nossa, como voltou. Em 14 anos nessa nova era (agora chamada de Mercedes-AMG, a divisão esportiva da marca), a equipe alemã com sede em Brackley já conseguiu colecionar nove campeonatos de pilotos e oito de construtores. Em 2025, Toto Wolff segue como chefe das Flechas de Prata com George Russell e Andrea Kimi Antonelli no volante.
Apesar dos números impressionantes, a Mercedes vem lutando contra o próprio carro nos últimos anos. Mas eu disse que é time de quem não abaixa a cabeça, não disse? Pois é, começou 2024 mais pra lá do que pra cá, mas conseguiu conquistar um suado quarto lugar – o que, com a próxima equipe no grid, não é nenhum demérito.

Red Bull Racing
Ideal para: quem é meio rebelde
Ela chegou em 2005 como a prima do cabelo colorido chega no almoço de uma família tradicional. Cheia como o oposto dos costumes implícitos na Fórmula 1, e o mais impactante: sem relação com uma montadora. Um time comandado por uma bebida energética.
Mas a equipe, que tinha tudo pra ser só mais uma, cresceu. Hoje já coleciona o impressionante número de sete títulos de pilotos e outros seis de construtores. Em 2025, completando duas décadas de F1, é chefiada por Christian Horner e pilotada por Max Verstappen e Liam Lawson.

Alpine
Ideal para: quem gosta de surpresas
Não me leve a mal, mas é que a Alpine, ultimamente, é isso: uma caixinha de surpresas.
Veio fazendo morada no fundo do grid desde a temporada passada, mas entrou em uma boa crescente ao final de 2024.
A antiga Renault vem, em 2025, com Oliver Oakes como chefe e pilotada por Pierre Gasly e Jack Doohan.

Aston Martin
Ideal para: quem é insistente
Sabe aquela história de um passinho pra frente, dois pra trás? A Aston anda assim. Às vezes dá cinco pra frente e um pra trás, às vezes ao contrário, mas ela está sempre ali, sempre tentando.
Mas sendo justa, a Fórmula 1 em essência é isso, mesmo. Tentar, fracassar, tentar de novo, fracassar mais… até acertar. Mas vou ter que te confessar que hoje ela não é lá muita coisa, não, viu? A gente até achou que ia, em certo ponto, mas não foi. É, é a Aston.
Mas se te serve de incentivo pra torcer pela remontada dela, a AM tem como reserva o brasileiro mais próximo de um assento na F1, por enquanto: o paranaense (e nosso queridinho) Felipe Drugovich.

Racing Bulls (VCARB)
Ideal para: quem quer novos talentos
É a única equipe que responde claramente como uma equipe B – ou seja, ela atua como a escuderia suporte da irmã mais velha, a Red Bull.
Por isso, apesar de desanimador, não seria errado afirmar que ela nunca vai vencer um campeonato. Mas isso não significa que não tenha suas alegrias: como Scuderia AlphaTauri, em 2020, conquistou sua primeira e única vitória com Pierre Gasly, proporcionando um pódio de fazer homem feito chorar. Agora, vem com o chefe Laurent Mekies e os pilotos Yuki Tsunoda e Isack Hadjar.
Traduzindo, a Racing Bulls é como se fosse o celeiro de talentos de uma equipe de ponta: ela pega os mais novos (que já vêm da Academia de Pilotos do time) e os lapida para que estejam prontos para quando a RBR precisar – ou os descarta, se não tiver serventia. É um sistema um pouco bruto, eu sei, mas é o que vem funcionando há anos pra Red Bull.

Haas F1 Team
Ideal para: quem crê no impossível
Não, não interprete isso de um jeito malvado!
É que acho que seria injusto não te avisar de antemão que, pra torcer pra Haas, é preciso ter fé.
Quero dizer, ela já vem de uma história de bastante sucesso na NASCAR, mas vem apanhando um bocado para se consolidar na Fórmula 1.
No grid desde 2015, ela chega ao seu décimo aniversário com Ayao Komatsu à frente da equipe e uma dupla recém-formada: Esteban Ocon e Oliver Bearman.

Stake Kick Sauber
Ideal para: quem olha para o futuro
Essa aqui é um tema complexo. Pra começar, é a única equipe com data de validade. Tem Andreas Seidl como chefe e Nico Hulkenberg e (nosso brasileiro) Gabriel Bortoleto como pilotos.
Como a Sauber, por motivos óbvios, vai ser especial para nós, vou deixar aqui uma matéria falando só dela: